Paranoia - 6º Capítulo - Acho que te amo

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Duas semanas depois
Tossi inúmeras vezes depois de fumar um cigarro de maconha ao lado de Peter, e Brazil. Na casa dele, era cinco da tarde quando Anna chamou-me para ir encontrar com ela lá, e como a doutora havia recomendado eu sai para não ficar sozinha,e é oque eu tenho feito para evitar o garoto do balanço, mas ainda o vejo quando saio da clínica, ainda o vejo em meu quarto e quando estou bebada . Soltei a fumaça que prendia na garganta e fechei os olhos encostando no sofá , era primeira vez que eu havia fumado maconha, eu não deveria, pois a doutora disse "nada de drogas" . Eu senti meus sentidos indo embora a cada tragada


- Hey, Grace -Peter me chamou e ele estava sentado ao meu lado, seus olhos estavam tão avermelhados que mal reluziam o azul safira- Olhe para aquilo, você esta vendo um gnomo parado bem ali na porta ? É o nosso amigo Bob -Ele disse apontando para a porta e eu por algum motivo dei uma risada cansada, mas sessou quando percebi que não era um gnomo e sim o garoto do balanço
- Oque você esta fazendo aqui? -olhei para o meu lado do sofá e agora o garoto do balanço estava sentado ao mesmo
- Fumando -sussurrei para ele .
- Você sabe que não pode, não é mesmo?
- Não posso oque ? -sussurrei novamente
- Fumar isso, por causa do que você tem, Grace. Você pode ter outra ataque
- Posso sim
- Com quem você esta falando, Grace ? - Ouvi Brazil perguntar
- Ha .. com .. o Gnomo .. -falei- Ele é um cara legal -Peter e Brazil soltaram uma gargalhada, fechei os olhos em uma tentativa falha de fazer o garoto do balanço desaparecer, coisa que não fora possível, pois invés disso vi cenas distorcidas em minha cabeça.
- Você tem que parar, Grace -ouvi a voz dele me dizer
- Oque você esta fazendo aqui ? Você não pode aparecer quando eu não penso em você -sussurrei abrindo os olhos
- Você não pode controlar isso -ele murmurou e eu fechei os olhos vendo novamente as cenas distorcidas em minha cabeça, abri os olhos novamente e olhei para Peter ele tinha a aparência tão tranquilo de olhos fechados e com a cabeça jogada no sofá . Brazil fazia o mesmo. As imagens vinham e voltava, eu juraria que havia visto vovó parada a minha frente, e era como se meus pesadelos tivessem voltado, eu senti-me morrer, me vi morrer bem ali, na minha frente . Cutuquei Peter e ele virou seu rosto para mim, gritei quando vi que o rosto do mesmo estava ensanguentado. Levantei-me do sofá e corri, corri o mais rápido que pude até a porta, mas quando estava prestes a abri-la , mãos forte puxaram-me o calcanhar arrastando-me para um lugar obscuro . Já não era a sala do apartamento dos Night, Peter não estava mais ali, nem muito menos Brazil . Era apenas o vazio, era apenas o nada, não havia nada . Só a escuridão, era como se houvesse ficado cega, mas o garoto do balanço apareceu , tão pálido quanto das outras vezes.
- Onde eu estou ? -perguntei a ele, mas o mesmo não me respondera, ele olhava para o vazio e ainda segurava o dicionário . Seus olhos não tinham um foco, ele parecia olhar para o infinito .
- Hey -gritei para ele- Oque você esta olhando ? -Perguntei mais uma vez, porém não obtive resposta para ambas as perguntas, ele parecia não me ver e não me ouvir . Comecei a entrar em desespero, eu queria voltar para casa, mas não sabia como faze-lo. Não sabia nem como sair daquela escuridão. Gritei por ajuda mas não obtive resposta, corri pela escuridão, mas não sabia se estava correndo em círculos, e foi então que senti-me cair em um abismo, o vento batia contra meu rosto com força, e eu já podia sentir o chão, gritei amedrontada e fechei os olhos . Já preparada para sentir a dor da morte, mas não fora isso que havia acontecido, quando abrir os olhos , eu estava parada em frente a clínica no meio fio, em uma manhã fria . Minha cabeça não entendia porque aquilo havia acontecido, eu havia entrado em pânico. ouvi alguém gritar meu nome , como uma suplica. Olhei para ambos os lados e não havia nada nem ninguém, olhei para praça do outro lado da rua e o balanço ia para frente e para trás rangendo como de costume alto e agudo.
- Grace ? -senti uma mão em meu ombro e virei-me bruscamente para olhar, não era uma pessoa era uma estranha mistura  do sorriso do gato da Alícia no país das maravilhas, com o corpo de uma pessoa vestida de terno, apavorada, corri o mais rápido que pude para longe daquilo. Em apavorantes segundos depois eu estava presa a uma cadeira eléctrica, e gritava por trás da mordaça em minha boca, mamãe estava ali bem a minha frente chorando como uma gatinha, papai que fazia dois anos que eu não o via estava bem atrás de mamãe com um olhar apreensivo e severo talvez, Patrick consolava mamãe . E começaram a aparecer pessoas, as mesmas pessoas que presenciaram meu ultimo surto, elas olhavam-me com desprezo enquanto eu me debatia violentamente contra aqueles que tentavam prender-me na cadeira eléctrica. Mas ao invés de sentir a dor de ser eletrocutada, quando eu abri os olhos eu tentava respirar de baixo d'aguá, várias mãos tentavam me puxar para o fundo, e eu não conseguia ir para a super fise, eu precisava respirar, eu estava morrendo afogada, sendo puxada pelas mãos fortes da escuridão.  



*  *  *



- Grace ? -acordei com uma voz feminina chamar-me . Abri os olhos com tamanha dificuldade para habituar-me com a claridade do local onde eu me encontrava . Era um quarto completamente branco, uma poltrona branca e surrada perto a janela, que encontrava-se aberta balança as persianas brancas . Mamãe segurava minha mão com firmeza .
- Oque eu estou fazendo aqui ? -perguntei  em um tom baixo e quase inaudível para ela
- Parece que você teve outro surto, e quase foi atropelada
- Oque ? Isso ... Isso é mentira eu não me lembro de ter saído da casa de Peter -falei
- Mas você saiu -ela sentou-se no pé da cama e olhou-me daquele jeito que só ela olhava, com cautela, medo, e compaixão - Eles disseram que você começou a gritar, perguntou onde estava, depois eles disseram que você gritou, gritou como se tivesse sendo esfaqueada ou algo do gênero, depois tentaram te segurar mas você saiu correndo do apartamento dele, e por pouco não fora atropelada
- Mas.. Mas eu não me lembro de ter acontecido isso mamãe.
- Da ultima vez você também não se lembrou -Ela disse e eu suspirei, apertei levemente sua mão e olhei para a janela .
- Desculpe
- A culpa não foi sua, Grace
- Foi sim mãe.
- Não foi, Grace. -Ela murmurou e deu-me um beijo na testa - A Doutora Katherine vem falar com você e depois nós vamos embora
- Eu vou voltar pra casa ?
- Vai, Grace
- Por que ?
- Por que ? Se você tiver outro surto desse você pode não ter a sorte que teve dessa vez -Falou ela e eu suspirei, estava sentindo-me tão mal com tudo aquilo que mal importei-me por Anna nem Shep estarem ali . Eu só queria voltar para meu quarto no campus, flertar com Peter e ter pessoas ao meu redor, pois naquelas três semanas eu distrai-me da minha vida e quase havia me esquecido que tinha essa doença . Naquelas duas semanas eu fui normal, mas tudo voltaria a ser como antes dessa vez, eu voltaria a ser sozinha, só com a presença de Mamãe, Patrick e a doutora Katherine em minha vida, depois do ocorrido sabia que Peter não flertaria com a esquizofrênica, Brazil não chamaria-me para festas, Shep não diria-me coisas sobre seus novos motivos para protestar .E tudo por minha culpa, dessa vez não fora por causa de uma doença, fora por causa da minha imaturidade, eu sabia que não devia, mas mesmo assim quis faze-lo. Mamãe deu-me outro beijo molhado na testa e saiu, cinco minutos depois a doutora entrava pela porta com aquele olhar de quem provavelmente estava desapontada . Conversamos por longos minutos torturantes e frustantes. Eu queria ir para casa, e não ter de correr o risco de ser internada por três meses em uma clínica psiquiátrica . Subi para o quarto depois de agradecer mamãe por tudo, e pedido mais uma vez desculpas por tudo aquilo. Patrick nem Beijamim estavam em casa, eram sete da noite e eu estava com a mente tão cansada como se já fosse cinco da manhã . Depois de um longo banho, pus meu pijama de porquinhos rosas e com azas percebendo que mamãe já havia levado minhas coisas para casa e as arrumado novamente no armário, aquilo significava que eu não voltaria para a faculdade tão cedo .  Liguei o radio e ainda estava na estação da radio local, dessa vez tocava uma doce opera de uma cantora desconhecida por mim. Sentei-me na janela percebendo o costumeiro frio das noites da tediosa cidade de Liverpool, suspirei numa tentativa falha de superar que estava sentindo



- Eu não pude ajudar -Ouvi a voz do garoto do balanço e o olhei
- Me ajudar ? Que droga você esta falando ? Sua presença só pioraria as coisas . -Falei- Porque você estava lá, porque você me fez ver aquelas coisas ?
- Eu não tive culpa -ele disse sentando-se em minha cama-
- Você estava lá.
- Eu estava lá, mas eu não fiz você usar aquela coisa, Grace . -Ele respondeu alto o suficiente para que eu percebesse o quão estupida estava sendo, e como aquilo era estranho, podia não ser para mim pois ele estava li a minha frente, mas era para o resto das pessoas .
- Porque você ainda aparece ?
- Você esta se sentindo sozinha agora não é ?
- Estou -suspirei e o olhei-
- Também eu estava procurando o significado da palavra amor
- E você achou ?
- Achei
- E oque você me diz
- Bem eu vou ler para você -Ele disse abrindo o dicionário com um sorriso doce no canto dos lábios, ele gostava de descobrir as coisas, era como se ele fosse novo nesse mundo. Com aquele doce sorriso era difícil de pensar que aquele garoto não era real . E então ele começou a ler pausadamente- 1 Sentimento que impele as pessoas para o que se lhes afigura belo, digno ou grandioso. 2 Grande afeição de uma a outra pessoa de sexo contrario ou do mesmo sexo. 3 Afeição, grande amizade, ligação espiritual. 4 Objeto dessa afeição. Benevolência, carinho, simpatia. 6  Desejo sexual.-Ele parou de ler e levantou os olhos para mim e sorriu novamente - As vezes parece que não significa só oque esta no dicionário, pois talvez se for isso acho que amo você -Ele disse e eu o encarei calada por longos segundos, sem saber oque dizer a ele, com aqueles grandes olhos castanhos a me observar com doçura e ingenuidade. Ele diminuiu o sorriso e voltou a olhar para o dicionário- 
- Você não pode me amar -falei para ele em um sussurro quase inaudível por conta da opera a fazer o canto de fundo como em um filme de romance barato francês. 
- Por que não ? Gente ama, Grace. E eu sou gente e também posso amar 
- Não, não pode. -Falei- Porque você não é gente 
- Por que eu não seria ?
- Por que você não existe, você é só uma alucinação -Falei e ele suspirou e fechou o dicionário o jogando em cima da cama 
- Acho que fui precipitado em dizer que amava você, por que no dicionário não esta escrito que sentimos raiva da pessoa que amamos 
- Você sabe oque é isso ? Raiva ? 
- Sei, e é oque eu estou sentindo agora de você 
- ÓTIMO -gritei para ele- Você esta com raiva, então vá embora 
- Acredite se eu pudesse eu iria embora te deixaria, deixaria você pra ir lá com aquele grandão do Peter, mas eu não pedi por isso, Grace . Eu não controlo isso, quando vou aparecer e quando vou voltar, é como se eu fosse puxado do vazio para onde você esta -Falou e eu ia responde-lo mas leves batidas na porta fizeram-me quase cair da janela com o susto. Suspirei 
- Quem é ?
- Esta tudo bem ? Com quem esta falando ? -gritou mamãe do outro lado 
- No telefone 
- Ha -ela gritou mais uma vez- Desça para o jantar, vou servi-lo em vinte minutos 
- Ok, mamãe. -gritei e ouvi seus passos sinalizando de que ela havia engolido a desculpa e ido para a cozinha terminar o jantar . O garoto do balanço ainda estava sentado a cama. Eu não queria fazer aquilo, mas era oque deveria ser feito, ele não podia deixar-me loca .

Bubuuuu, Grace não conseguiu curtir a vibe da erva e acabou tendo convulsão bubuuu. Essa daí é fraca, kkk precisa andar mais com a Miley pra aprender a curtir essa vibe sem sair por aí dando a loca kkk. Mas que fofo gente, o Justin meio que se declarando pra ela foi tão fofinho, e ela uma cavala com ele como sempre. 
Divulgando: Small BieberFanfics BizzleLove idrauhlAzul é a cor mais quente - LARRY

3 comentários:

  1. Ownt amei essa IB!
    Continua, estar tão lindo. ♡
    Beijos :*

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  2. OMG!! Continua logo. Mas eai, ela não irá mais ver Peter? E o que ela irá fazer com o garoto do balanço? Não me diga que ela irá rejeitá-lo. - (Sophia)

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  3. Omg Owtt cara que fofo o Justin serio tipo muito amando serio nao demora continua

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