Á prova de fogo - Capitulo 23

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Há ou não motivos?


Eu virei à esquina e parei. Colocando a mão no peito, minha respiração estava descompassada. Enquanto minha respiração voltava ao normal. Senti uma mão pegar meu braço, me assustei  e instantaneamente me virei.  

Jason: O que faz aqui? –arregalei os olhos, surpresa- 

Eu: Solta meu braço - tentei puxá-lo, mas Jason o apertou mais ainda- 

Jason: O que faz aqui? –repetiu impaciente- 

Eu: Ai, nada –soltei meu braço de sua mão -Que eu saiba as ruas são publicas e anda por elas quem tiver vontade –disse, mas ele permaneceu calado- O que você estava falando com aquele homem? 

Jason: - me olhou- Não é da sua conta - disse e se virou-

Eu: Concordo. Mas ele estava com uma arma - entrei na frente dele, que parou de andar e me encarou-
Jason: Vai me dizer que nunca viu uma?! - riu-

Eu: Não. Você não tem medo?

Jason: Porque teria? Ele e as pessoas é que deveriam ter medo de mim, principalmente você - quando ele terminou de falar, olhou no fundo dos meus olhos. O que me incomodou e me fez desviar o olhar- 

Eu: Não sei por que eu deveria ter medo de você, não há motivos ou há? 

Jason: Sempre há motivos pra tudo - disse e depois saiu, desaparecendo aos poucos-

O que ele queria dizer com aquilo, que eu deveria ter medo dele? E o que ele estava fazendo conversando com aquele cara? Quando mais eu procuro sobre Jason, mas distante de achar repostas eu fico. Caminhei de volta até a casa de Charlie. 

(...)

Quando cheguei Charlie não reclamou de minha demora, o que certamente me deixou mais calma. Logo depois do jantar, tomei banho e me arrumei para dormir. E as palavras de Jason ainda ecoavam por minha mente ‘Porque teria? Ele e as pessoas é que deveriam ter medo de mim, principalmente’, ‘Sempre há motivos pra tudo’. O que Jason queria dizer com aquilo? E mais uma vez fui dormir pensando nele e em suas misteriosas palavras.

(...)

Hoje o dia estava mais quente, então resolvi colocar algo leve. 



Desci tranquilamente às escadas e fui à cozinha, onde Charlie já estava. Sente-me a mesa, colocando suco de maracujá no copo, e logo depois colocando duas torradas com geléia de uva no prato. Dei minha primeira mordida e Charlie diz. 

Charlie: Querida, hoje irei sair. Estou montando uma loja com uma amiga e hoje irei arrumar as coisas lá, tudo bem? 

Eu: Claro, isso é incrível. Porque não me disse antes? –a olhei-

Charlie: Queria fazer surpresa. Ah, a inauguração será essa semana te espero lá né?

Eu: Claro –sorri de orelha a orelha- 

Terminei meu café e subi para escovar meus dentes. Quando feito, peguei minha mochila e fui lá pra baixo. Logo dizendo me despedindo de Charlie. 
Eu estava andando e quando ia virar a rua, um carro para ao meu lado e abaixa o vidro do motorista.

Chaz: Ei, quer carona –ele sorriu para mim- 

Eu: Ainda pergunta! –retribui o sorriso e entrei no carro- 

Nunca uma ida ao colégio foi tão divertida. Eu, Chaz e Justin rimos tanto. Chaz dizia cada besteira que era impossível não rir. Chegamos ao colégio e descemos do carro. Logo quando desci, avistei Jason e seu grupinho que agora pelo jeito aceitava garotas. Jason quando me viu sorriu sínico, eu apenas reverei os olhos e sai andando com os garotos.                                   
Nós fomos aos nossos devidos armários pegar nossos materiais, depois Chaz foi para sua sala que era diferente da minha, e eu e Justin fomos para a nossa que era a mesma. Nos sentamos em nossas cadeiras, me sentei na terceira cadeira do fundo, na fileira da ponta direita.  E Justin se sentou na segunda cadeira da frente, da fileira do meu lado. Logo todos os alunos entraram na sala e a tortura começou, aula de Física logo no primeiro horário. Aquilo poderia ficar pior?


Respondendo comentários anteriores: 

  Cáah Costa: Obrigada, espero que goste desse capitulo. Continuei :)

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2 comentários: