P.o.v
América.
Pela
primeira vez em toda minha vida eu senti o turbilhão de emoções me atingirem em
cheio. Bieber me fez sentir empatia, compaixão, e remorso. Não pelas mortes,
não por todos os assassinatos, não por Holly e todas as torturas. Mas por ele,
por ter embarcado a fundo no plano de distraí-lo. Quando o vi dar as costas com
seu semblante derrotado de quem não dormia a dias e de que provavelmente estava
precisando de proteção na rua, meu coração pela primeira vez parou em uma
súbita culpa. Provavelmente ele não seria contratado para mais nem um caso, sua
carreira estava completamente fracassada, assim como ele, parecia estar. Mas
meu plano ainda corria perfeitamente bem, ele não sabia, mas me ajudaria a
tirar dali, sabia que ele não deixaria que decretassem a minha sentença. Ele só
precisava sofrer mais um bocadinho para perceber isso, e com tal sofrimento ele
perceberia que a humanidade não precisa ser protegida, e sim, de reparos.
-
Como vai sua esposa? –Sorri para o investigador a minha frente ignorando sua
pergunta quando o mesmo sentou-se.
- O
que tem minha esposa?
-
Ouvi dizer que ela gosta de ir na cafeteria Lemis, tomar café as quatro e... –Olho
para o relógio em seu pulso direito, e percebo que esta marcando a hora exata,
da surpresa.
-
Bom, acho melhor você atender seu celular ou ligar a TV. –Ri baixinho
- O
que? –BANG, -explosão-, eu não estava na cafeteria porem, poderia sentir a
sensação de ouvir os gritos de surpresa e ver sangue explodindo para todos os
lados. Há, uma semana antes de viajar com o Tenente eu já estava prevendo que
seria pega, quando a vitima Elena Accola foi resistente e arranhou-me, e também
puxou meu cabelo mesmo estando preso, eu sabia que eles encontrariam meu DNA
nela. Era questão de dias para que eles descobrissem, só que não estava nos
meus planos era que a vadia da mãe da Holly aparecesse. Mas ela terá uma
surpresa, sei que ela não costuma ir ao porão de sua casa, e quando for, ao
abrir a porta, será surpreendida por um mini explosivo que contém milhares de
agulhas. Talvez não a mataria, mas mesmo assim, é satisfatório seu sofrimento.
-
Major, houve uma explosão na cafeteria Lemis. –Ana entrara como louca na sala,
eu sorri, da forma mais doce e diabólica que alguém poderia sorrir. Eu estava
atrás das grades, mas isso não me impedia de continuar o meu legado. É como
Jigsaw, ele morre, mas os jogos continuam. E ai? Você quer jogar?
-
O-o-oque você fez? –Ele diz alarmado levantando-se bruscamente
-
Eu? –Balanço a cabeça em negação- Minhas mãos estão literalmente atadas Major.
Eu não fiz nada.
-
Senhor, sua esposa, senhor. –Ana continuou, eu molhei os lábios e por um
instante imaginei como ela seria com o maxilar quebrado, e sem o olho esquerdo,
talvez até mais bonita, e talvez, o sangue melhore suas roupas.
-
Você é um monstro. –Ele rosna apontando seu dedo indicador para mim, entes de
sair e bater fortemente a porta atrás do mesmo, assustando a pobre Ana. Que
parecia amedrontada a minha presença.
-
Olá policial Ana, como anda seu amor pelo homem que ama uma sociopata? –Mordo o
lábio em um leve sorriso.
-
Eu não amo o Tenente. –Ela nega firmemente, eu respiro fundo recostando-me na
cadeira e esticando minhas pernas abaixo da mesa, o uniforme laranja não
combinava comigo. –
-
Você não se sente mal? Por saber que ele acha a mente de uma psicopata mais
interessante que sua? Não fica mal por saber que mesmo eu estando do outro lado
da mesa ainda estou no seu caminho para conseguir algo com ele? –Dou uma
risadinha como se estivesse ofendida- Você é forte, por que eu, ficaria.
-
Você é uma manipuladora, ele não sente nada por você além de repulsa. Ele é o
homem mais inteligente que já conheci, e acha que mesmo depois dele descobrir
isso vai contra a lei por você? Sabe porque eu me sinto mal? Porque ele foi
manipulado, manipulado por você e pelo seu corpo, mas ele não será mais sabendo
o quão pobre de alma e humanidade você é.
- Pobre
de alma? Veja só você dedicada ao trabalho de proteger os outros e nem ao menos
se protege, preocupada com o resto do mundo enquanto o mundo não esta nem aí
para sua existência, todos que tem um cargo superior mandam e desmandam em você
como se fosse uma simples servidora de café em uma empresa. Você é uma inútil
Ana, pouco mais que isso até, vive por aí tentando ter um cargo maior, mas sua
incompetência te impede disso, queria ser a pessoa que matou seus pais e não
prestou socorro, talvez você se dedicasse mais em prender-me e não perderia seu
tempo aqui sendo um pobre nada inútil. Olha só pra você, parece que não transa
a anos, e isso se não for uma virgem, se esconde atrás de papeladas e esquece
de buscar seu propósito. Agora me diga Ana, nessa sala existem quantas pessoas
desprovidas de alma? Uma ou duas?
-
Você –Ela respirou fundo, sua face ficou visivelmente avermelhada, como se
quisesse desmanchar-se ali mesmo. Seus lábios tremeram brevemente antes dela
agarrar a maçaneta da porta – Você não vai fazer isso comigo –Ela negou engolindo
o choro- Não comigo.
E
então a vadia saiu, gargalhei baixinho e mordi o lábio inferior. Entrar em sua
mente era tão fácil, era uma mulher tão vulnerável, merecia morrer em grande estilo,
no meu estilo. Cinco minutos depois, um policial magricela agarrou-me pelo
braço fortemente puxando-me para que eu me levantasse, eu iria para minha cela.
Era aconchegante para alguém que passou a adolescência e infância sendo uma
andarilha, tinha uma cama de ferro coberta por um simples colchão fino, ao lado
tinha um banheiro, nada agradável. Era fechado, por uma porta, onde só havia
uma pequena brecha com grades finas. Era como um quarto em um sanatório, talvez
os psicopatas sejam tratados como loucos, mas oque há, é que somos loucos
apenas por enxergar algo que esses porcos não enxergam. Ao passar pelo
corredor, eu pude ver o tenente, falava algo com seu parceiro de caso, enquanto
se recostava em uma parede. Olhei-o buscando seus olhar como nunca antes.
Dois dias depois
Justin Bieber P.o.v
-
Eu acho melhor você se afastar enquanto ela estiver aqui, enquanto ela não for
sentenciada. –Murmurou Will do outro lado da mesa, após muita insistência dele de
me tirar de dentro do escritório eu aceitei, pois já não aguentava mais ouvi-lo
insistir. Eu não queria sair do escritório, não queria chegar e perguntar como
anda o caso e me responderem que ele fora transferida para uma prisão de alta
segurança do outro lado do país. Não queria entrar na minha sala e ouvir que
seu julgamento foi adiantado com emergência e sua sentença já fora decretada. O
que eu estava sentindo e fazendo ia contra a todos os meus princípios, eu não
estava pensando nas famílias destruídas, nas mortes, nas torturas, em
exatamente nada. Só nela, e aquilo estava me deixando louco.
-
Não da. –Digo- Eu quero continuar, quero que ela pague por tudo e quero
assistir de perto. –minto, não importava o quanto éramos amigos, ele nunca
entenderia, nem eu entendia porque eu queria que ela não fosse presa, nem eu
entendia meu tamanho egoísmo.
- É
melhor pra você tenente, não tente mentir para si mesmo, você gosta dela.
-
Eu fui manipulado Will, e eu não posso gostar de alguém louco como ela, o encanto
acabou assim que você ligou para mim. –E eu nunca havia mentido tanto, era um
fato, eu estava apaixonado por uma serial killer, minha doce serial killer.
Desculpem a demora estava sem internet os ultimos dias, vou responder os comentários, então não se esqueçam de dar uma olhada no capítulo anterior, beijão.
AÍ AÍ essa América hein, é tão.. Fria, manipuladora e “sensível” com os outros néh..
ResponderExcluirADOROOOOOOOOO essa Puta <3 kkk
ContinuAAAAAAAAAAAAAA!!!!!!!
- Erika =}
P.$. SÉRIO?!?!? Aí se você fizesse uma Fic de Seriais Killers CRIANÇAS eu ía PIRAR TOTALMENTE kkk
Enfimmm..
<3 Love You <3