Á prova de fogo - Capitulo 19

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Admirando a lua!


Ao ouvir aquela voz me arrepiei. Virei para ver quem era, apesar de já desconfiar de quem se tratava. E eu acertei em cheio, era mesmo Jason. Ele estava parado com as mãos no bolso. 



Paralisei. Não conseguia fazer nada, só olhá-lo. Ele veio em minha direção e sentou-se ao meu lado. Virei para frente ainda sem reação. Ficamos calados, só admirando a lua. 


Durante todo o tempo em que a lua buscava seu espaça no céu, eu e Jason não trocamos uma palavra se quer. O único barulho que ouvimos eram nossas respirações, e às vezes escutávamos a coruja dar sinal de vida ou algum pássaro que voava em cima de nós. O vento batia forte em nossas faces. Quando me atrevi a olhar pro lado, vi que a boca de Jason estava um vermelho lindo, ela estava tão beijável. Tirei-me dos meus pensamentos e voltei a olhar a lua, pois era essa minha missão.
Depois de um tempo, finalmente a lua havia encontrado o seu lugar no céu. Levantei-me e poucos segundos depois Jason fez o mesmo. Com as mãos no bolso, foi embora sem dizer nada. Ele havia entrado na mata, e eu resolvi ir pela trilha que vim.
Do jeito que veio se foi, tão inesperado e misterioso. O que ele escondia? – Esse era meu pensamento enquanto caminhava pela trilha, de volta ao alojamento.

(...)

Eu já havia feito minha higiene e já estava arrumada para dormir. Já fazia um tempo que eu havia voltado ao alojamento, Jason havia chegado primeiro que eu. Estava deitada em minha cama. Virei pro lado e Ryan dormia, por curiosidade, levantei um pouco a cabeça e vi que Jason ainda estava acordado, ele estava deitado de barriga pra cima e suas mãos apoiavam sua cabeça.


(...)

Eram duas da manhã e eu não conseguia dormir. Meus pensamentos estavam tão bagunçados, a ponto de não me deixar descansar nem por um minuto. Felizmente essa insônia não durou muito. Acabei pegando no sono rapidamente. 

“Lá estava eu, novamente naquele corredor. Há cada passo que eu dava mais distante da verdade eu ficava. Avistei alguém a poucos metros de distancia de onde eu estava. Acelerei meus passos. Eu começava a ficar sem ar, meu coração já batia mais forte e descompassado. A pessoa ainda não tinha percebido que eu estava ali. A pessoa parou e fiz o mesmo, eu ainda tentava respirar. Vi que era um garoto, pelas roupas. Ele tirou algo do bolso e o colocou no chão. Ele não me via, mas eu via perfeitamente. Ele finalmente havia se virado. Vi sua face passar de confusa para surpresa tão rápida. Ele arregalou os olhos, agora ele podia me ver e me via. Ele se virou e saiu correndo, desaparecendo por aquele corredor deserto.
Eu corri em direção a ele, mas não tive sucesso. Cheguei até o local em que ele havia colocado algo no chão, olhei para baixo e vi um envelope. Era uma carta. Era uma daquelas cartas que eu recebi a mesma cor do envelope e a mesma letra. Tentei procurar o garoto, mas eu não saia do lugar, algo me prendia. Eu sabia quem ele era!
Parei de tentar me mover quando ouvi uma voz: ‘Jason acorda’, ‘Anda cara levanta’...”


 Respondendo comentários anteriores: 
  
Cáah Costa: Continue. Obrigada pelo perfeito, espero que goste! Obrigada pelos comentários :)

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2 comentários: